Equivalente a 1.200 campos de futebol, a área foi identificada pelos agentes, que também apreenderam 175 metros cúbicos de madeira em tora e motosserras
Por Anna Paula Mello (SEMAS)
Foto: Alex Ribeiro - Ag. Pará
Momento do flagrante pelos agentes da Operação de crime ambiental em propriedade na área rural de Moju
A quinta fase da Operação Amazônia Viva começou no dia 22 de outubro e, nesta edição, o trabalho da Força Estadual de Combate ao Desmatamento está concentrado nos municípios de Senador José Porfírio, Moju, Tailândia, Pacajá, Novo Progresso e São Félix do Xingu. A equipe é formada por 15 profissionais, entre policiais civis, militares do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), Corpo de Bombeiros Militar, servidores do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves e fiscais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).
Nos cinco primeiros dias de trabalho, a equipe integrada que atua na região de Moju identificou uma área equivalente a 250 campos de futebol, que foi desmatada Ilegalmente em uma fazenda na área rural do município. No momento do flagrante, 10 homens usavam motosserras para derrubar árvores.
Foto: Alex Ribeiro - Ag. Pará
Os fiscais apreenderam 175 metros cúbicos de madeira em tora“Eles não reagiram de forma agressiva quando chegamos aqui e obedeceram à ordem para parar de cortar a árvore. É pra isso que nós, do Batalhão de Polícia Ambiental estamos aqui, para proteger a floresta e garantir que os fiscais possam trabalhar para acabar com o desmatamento”, informou o cabo PM Cezar Leal.
O responsável pela coordenação da atividade ilegal foi preso e pagou R$ 17 mil de fiança, mas continua a responder processo na Justiça pelo crime ambiental. O dono da fazenda não estava no local, mas já foi identificado e também vai responder judicialmente. A propriedade foi embargada pelos fiscais, que apreenderam 175 metros cúbicos de madeira em tora e oito motosserras, e destruíram o acampamento erguido no meio da floresta, para abrigar as pessoas que derrubavam as árvores.
Ampliação - A Operação começou uma semana antes do previsto inicialmente pelo cronograma de ações, incluindo mais dois municípios - Moju e Tailândia -, que ainda não haviam recebido ações da “Amazônia Viva”. “Nós adiantamos a operação, que iniciaria só na última semana de outubro, porque precisamos trabalhar com a análise dos dados, e quando percebemos um aumento do desmatamento nesses municípios. Não poderíamos perder tempo”, ressaltou o coordenador da Operação e diretor de Fiscalização da Semas, Rayrton Carneiro.
Foto: Alex Ribeiro - Ag. Pará
Parte da área de mata já derrubada ilegalmente em MojuA equipe que cobre o município de Senador José Porfírio, abrangendo também Altamira (ambos na região do Xingu), conseguiu frear o desmatamento na Gleba Bacajaí, uma área de 961 hectares, equivalente a quase mil campos de futebol. A propriedade foi embargada e os fiscais apreenderam madeira cerrada no local. Uma pessoa foi presa.
Foto: Alex Ribeiro - Ag. Pará
A operação mobilizou policiais civis, militares do BPA e Corpo de Bombeiros, servidores do Centro de Perícias Científicas e fiscais da Semas
A Operação Amazônia Viva faz parte do pilar de Comando e Controle do Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA), coordenado pela Semas. A macroestratégia inclui, além da repressão aos crimes ambientais, ações de incentivo ao desenvolvimento sustentável no campo, como: apoio técnico aos produtores rurais, regularização fundiária e ambiental e linhas de crédito direcionadas a quem mantém boas práticas ambientais.
A “Amazônia Viva” prossegue até o próximo dia 06 de novembro, com as seis frentes de trabalho que cobrem quase 15 municípios, no combate a crimes ambientais no interior do Pará.
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