Ministério pede auditoria em normas de fiscalização de barragens


Brumadinho, Barragem, Minas Gerais
Reuters/Adriano Machado/Direitos Reservados

Entidades terão prazo de 90 dias para revisar planos de segurança

Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Os órgãos e entidades de fiscalização terão 90 dias para apresentar as auditorias nos procedimentos e normas de fiscalização de segurança de barragens e atualizar os cadastros desses empreendimentos no sistema nacional de informações. As vistorias nas barragens classificadas como “risco alto” ou com “dano potencial associado alto” devem começar imediatamente.
A represa na mina do Córrego do Feijão, perto de Brumadinho, Brasil, é retratada antes do colapso do dia 25 de janeiro de 2019, foto de satélite obtida pela Reuters em 27 de janeiro de 2019.
Foto da represa na mina do Córrego do Feijão antes do rompimento
Imagem de satélite © 2019 DigitalGlobe; empresa Maxar / Divulgação via Reuters/Direitos reservados
Os prazos estão estabelecidos na moção do Ministério do Desenvolvimento Regional publicada hoje (30) no Diário Oficial da UniãoOntem (29), o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, confirmou o "pente fino" sob as condições das barragens e avaliação imediata sobre a necessidade de remover instalações que coloquem pessoas em risco.
As ações foram anunciadas pelo presidente Jair Bolsonaro após o rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais. O desastre já deixou 84 mortos e 276 desaparecidos.
A moção do Ministério do Desenvolvimento Regional determina que os empreendedores apresentem, em 90 dias, as revisões dos seus planos de segurança de barragens.
A classificação das barragens quanto ao risco e ao dano potencial associado consta no Relatório de Segurança de Barragens produzido pela Agência Nacional de Águas (ANA). De acordo Canuto, 3.386 empreendimentos terão prioridade no mapeamento.
Do total a ser vistoriado, mais de 200 barragens são utilizadas pela mineração. Destas, 70 são a montante de resíduos, mesmo modelo da barragem que se rompeu em Brumadinho.
    Edição: Maria Claudia

    Nenhum comentário:

    Postar um comentário

    FISCALIZAÇÃO Mais de 65 mil quilos de cimento asfáltico são apreendidos por fiscais da Sefa Sem documento fiscal hábil, a carga saiu de Anan...